
Interpretei a passagem (coisa que escapou ao próprio autor) como o último suspiro de revolta da Literatura, consciente de seu exílio definitivo no mundo atual.
- Die Literatur ist tot, Adriano - disse-lhe eu, em paródia a Nietzsche. Só que haveria a incongruência de sua intenção de escrever o romance, o que, de alguma maneira, fala de uma esperança de ressurreição... ou até de não-morte. Não escreva essa obra: o silêncio é o registro adequado dela.
hahahahahahahaha
ResponderExcluirridículo!
Na verdade, ao que tudo indica, seguirei o conselho.
grande abraço
isso é bom
ResponderExcluirjá tenho um seguidor
Caro Fruste,
ResponderExcluirD'acordo contigo quanto à incongruência da obra com as explícitas intenções do autor, no que muito bem avaliaste . Entretanto, se visitares o Inutiliarum de Adriano, e te atentares pr'as últimas linhas, verás que a ressurreição é-lhe um propósito secreto...
Tens também uma seguidora.
Meus cumprimentos,
Veronique
Veronique,
ResponderExcluirAdriano nunca foi um autêntico pessimista, ou, seu pessimismo deriva de um otimismo frustrado, ou, é fruto de um ressentimento com a vida. Pessoas assim, no âmago, sempre acreditarão numa ressurreição, por mais que Lázaro cheire mal.
Agradeço a visita e o "seguimento"!!